quarta-feira, 22 de abril de 2009

Desdobrado.

Os braços alinham-se
Sobre um vazio marchante.
Eu acordo pela tarde depois daquela insónia.
Eu não lembro das belas palavras que ela me disse
Mas não estou recuando meu pensamento, só que...
Ela fez meu sorriso virar uma lágrima.

Eu continuo sonolento
Mais inteiro do que raramente chamo de pesadelo
E mesmo parecendo fraco e bobo,
Continuo de pé,
Sussurrando lentamente um desenredo
Feliz e grato por te-la deixado em paz.

Agora tentando entender o ocorrido,
Sinto falta das centenas de dias
Que lentamente me colocavam disposto sobre ela,
Despertando alguns de meus dons.
E quantas vezes meus ramos estiveram verdes ?
E quantas vezes percorri sem querer descobrir ?

Procurei abismos e a viúva de cabelos longos,
Mais seus olhos recolhiam minhas faces de água.
No fundo do meu coração nascia
Flores em tempos de Primavera
E como isso ou algo mais,
Elas mantiveram-me acordado
E desligado de divinas palavras que haviam dito.

Lembro-me de poucas coisas,
Poucas das quais ela me dissera,
Prontas pra explodir.
E quando tudo parecia verdadeiro,
Alguém sussurrou no meu ouvido:

"Depois de todo o amor
Ele não é nada além do vazio,
Você pode ter tudo
Mas quando chegar sua hora
Não terar mais nada.
Nada além do que se poderia ter"

Tempo se passou e vi a felicidade
Tomar conta de meu ser.
Pois pensei: Como um elemento uni-se a outro
Se o conhecer é apenas algo do alcance,
Algo fácil de encontrar mais difícil de entender ?
Pois bem, não deixei-me levar com isso,
Mergulhei minha mente em sono profundo
E pos minha inquietude nos sonhos de Homens
Que procuram entender o que por fim,
Se passa nos homens, homens desdobrados,
Infeliz e feliz fazendo o que todos os outros fazem,
Se entregar.

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