domingo, 10 de maio de 2009

Em quanto você tenta sonhar...


Quando você dorme
A lua canta com as estrelas,
Invadindo sonhos perfeitos,
Invadindo sonhos que duram mais que uma noite.

Cifras de paixões te perseguem
Criando um copo de gelo com água fervendo,
Há algo aqui?
Abaixo dessa ventania não consigo te sonhar.
Um coelho de orelhas curtas faz gestos obscenos,
Indicando perigo no sonho que você tanto procura.
Ele sabe da fraqueza de sentir-se derrotada
No sonho que tenta sonhar.

É quando você dorme.
É quando você dorme.
Em quanto você tenta sonhar...

O vivo te observa,
Tendo clareza
De que o que tem na mão
Não é o que quer.
Observando com clareza
Sua pele mudar de cor.
É em quanto você dorme,
Em quanto você tenta sonhar.

Quando você dorme
A lua canta com as estrelas,
Invadindo sonhos perfeitos,
Invadindo sonhos que duram mais que uma noite.

Sua cabeça parece explodir,
Seus olhos arregalam-se na mancha
Que a tarde deixou,
E tem pessoas batendo na porta,
Parece um vendedor de sonhos.
Só o céu azul pode te salvar dessa queda
Da montanha de sete curvas,
Além disso, tem papéis sobrevoando a cidade
Vendendo amantes em porta-retratos.

Nova casa de giro duplo.
Novo guarda chuva queimando na calçada.
O vendedor vem trazendo um poema
Que fala exatamente em conseguir sonhos

É quando você dorme.
É quando você dorme.
Em quanto você tenta sonhar...

Pedro Felipe

A Beleza de uma novidade.


Poucas pessoas tem a chance de ver e escutar
As sabedoias da vida e de outros seres.
Relapsos que se esvazeiam a cada dia nascente.
E como eu ou outros,
É difícil se imagina feliz por aqui
Mesmo sabendo que o caminho não é o que queremos.
Mas nós devemos temer que um dia,
Todos levantarão a cabeça e permitirão
A saída dessa inocente façanha de viver.

Nas ondas da vida.



As vezes deitamos em nossa cama
Dormimos um sono agradável
E quando acordamos tantas coisas mudaram!
Encontramos tudo remexido, bagunçado.
Nem ao menos podemos por os pés no chão...
Perdidos em nosso próprio espaço,
Procuramos respostas e ninguém as tem!
Procuramos saídas e parece que são insistentes!
Uma sensação de desespero parece querer tomar o coração.
Dúvidas, incertezas, sentimento de impotência.
Diante da vida, diante de fatos de acontecimentos.
É como se uma alta onda, do grande mar da vida quisesse nos cobrir.
É como se a fúria das ondas
Em uma grande tempestade em alto mar quisesse nos engolir.
Mas já parou pra pensar que essa não é a primeira vez?
Quantas ondas se levantaram?
E com a mesma intensidade baixaram e estamos aqui!
Se olharmos para trás iremos ver que
Muitas grandes ondas nos cobriram
E mesmo parecendo sem forças conseguimos remar.
Muitas vezes contra a correnteza!
Naquele momento parecia que íamos naufragar,
Mas aqui estamos novamente pra novas ondas enfrentar.
E todas elas nos deixaram uma lição,
Um aprendizado...
Uma experiência...
Portanto seja qual for a onda que se levantou,
Reaja!
Persista!
Não desista!
Essa é apenas mais uma onda da vida,
E todo tormento do mar tem hora pra levantar
Mas também tem hora de baixar!
E em breve o céu clarificará!
O vento em brisa se transformará,
E o sol com seus raios dourados
Sua pele acariciará!
E toda essa tormenta apenas estará na lembrança!
No passado, na memória!
Mas lembre sempre:

Tudo passa, mesmo que seja por pouco tempo,

Vai passar.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Eu vou, vou voando pela Vida... Sem querer chegar!


As coisas estão passando mais depressa
O ponteiro marca 120
O tempo diminui
As árvores passam como vultos
A vida passa, o tempo passa
Estou a 130
As imagens se confundem
Estou fugindo de mim mesmo
Fugindo do passado, do meu mundo assombrado
De tristeza, de incerteza
Estou a 140
Fugindo de você
Eu vou voando pela vida sem querer chegar
Nada vai mudar meu rumo nem me fazer voltar
Vivo, fugindo, sem destino algum
Sigo caminhos que me levam a lugar nenhum
O ponteiro marca 150
Tudo passa ainda mais depressa
O amor, a felicidade
O vento afasta uma lágrima
Que começa a rolar no meu rosto
Estou a 160
Vou acender os faróis, já é noite
Agora são as luzes que passam por mim
Sinto um vazio imenso
Estou só na escuridão
A 180
Estou fugindo de você
Eu vou sem saber pra onde nem quando vou parar
Não, não deixo marcas no caminho pra não saber voltar
Às vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim
O ponteiro agora marca 190
Por um momento tive a sensação
De ver você a meu lado
O banco está vazio
Estou só a 200 por hora
Vou parar de pensar em você
Pra prestar atenção na estrada
Vou sem saber pra onde nem quando vou parar
Não, não deixo marcas no caminho pra não saber voltar
Às vezes, às vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim
Eu vou, vou voando pela vida
Sem querer chegar
(Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos)

sábado, 2 de maio de 2009

Caminhando para o Noroeste

Voltando pra casa, amanhecendo, eu dissipava os passos desde que saí daí. Eu caminhei e em pouco tempo rastejei, procurei ideias que diziam ser verdadeiras, abençoei o mundo caminhando para o noroeste. Mas tudo que eu desejava era não sentir algo tão forte, eu desejava não saber demais.
Eu senti medo, fui percebendo que a tinta se escorria no amanhecer, ia se tornando um objeto secreto, interrompendo meu desejo de seguir em frente. Eu imaginei seus lábios nos meus e no mesmo instante, tudo ficou quieto, apareceu anjos e eu fiz poses pra eles, apareceu o diabo e eu o encostei e seria tudo tão frágil ? Mas parei, vi que precisava de você, meus pensamentos já eram contra minha mente, e minha vida, foi se tornando inquieta e deixei-me levar pela manhã que ia se tornando tarde. Fui afogando minha solidão por olhos cinzentos, pulsantes, esperando alguma criatura fraca para menospreza-la e perder seu pequenino espaço. Resisti, escondi em abrigos meu estranho ser, contei as estrelas que se formavam no fim da estrada que logo iam se perdendo no entardecer daquela terra seca, inexorável e esquecida por muitos que um dia foram pássaros e voaram sob aquele vale que hoje resta apenas seu eco. Então os dias foram embora, eu os escutava mais não os intendia.
Não era sobre mim, não era sobre eles nem sobre ela, era apenas um tempo que voava em branco no tempo. Suicidei meu próprio sabor de estar vivo, esqueci as trágicas palavras abençoadas por órfãos suicidas e quando a lua ressurgia, fingi que tudo em volta era uma mentira, fingi que todas minha memórias eram fantasias, e, tudo que eu desejava era não sentir algo tão forte, era não saber demais.

Folcloreando por aí

Permita-me exagerar uma memória ou duas, Onde verões duravam mais do que nós duramos. Onde nada realmente importava exceto eu estar com você Mas com o tempo todos nós esquecemos e todos nós crescemos. Sua melodia soa tão doce quanto à primeira vez que foi cantada, Com um pouco mais de caráter para mostrar. E pelo tempo, seu pai ouviu tudo de errado que você fez, Então eu estou tirando minha lanterna, encontre seu próprio caminho de volta para casa. Eu tinha esquecido como se canta antes de cantar essa canção, Eu irei escrevê-la por toda a parede depois de terminar meu trabalho. E eu ainda terei a cortesia de admitir que estava errado Assim que as palavras se findarem quando eu tiver partido. Você nunca foi tão divina em aceitar sua derrota, E eu nunca tive tanto medo de ficar sozinho. Se o amor não é suficiente para botar meus inimigos para dormir, Então eu estou tirando minha lanterna, encontre seu próprio caminho de volta para casa.

Folkin' Around (Tradução)
Panic at the disco