terça-feira, 30 de junho de 2009

Antimatéria

Eu o vi invisível, e ele era monstruoso. Das suas narinas ele expelia fogo fátuo da matéria em combustão. Sua boca era um buraco negro que se alimentava da luz desses postes franzinos. Em mim não ixistia mais o amor nem o ódio. Eu apenas acompanhava a antimatéria, a matéria negra, devorar átomo por átomo do mundo e do tempo e de mim mesmo. Não sinto nada, pois tudo o que eu sentia se esvaziou com o passar do vento proveniente de um horizonte de eventos no centro da galáxia.
Tenho vivido no silêncio, e nele posso ouvir essa boca colossal mastigando o universo. Apagando estrela por estrela.
Nesta noite não há lua, talvez ela já tenha sido devorada por esse monstro voraz. Por muito tempo foi angustiante saber que eu nada poderia fazer, a não ser ver o mundo desvanecer. Foi angustiante ouvir essas vozes e ver essas pessoas que não sabem que seu mundo está condenado a ser abraçado por essa energia escura. Ela é a morte que nasceu com a vida. Mas hoje eu vejo sem lamentar a antimatéria anular de tudo que acreditei. Não reconheço mais o mundo. Tudo foi mudado por ela.
Restam poucos dias. Dias que transcorrerão em profunda lassidão. Entrego minhas roupas ao mendigo, meu celular ao lixo, o resto do meu amor a os ratos, minha vontade de viver á sarjeta! Aceito o nilismo como única religião verdadeira. Retiro o padre do altar e dou-lhe um tiro na cabeça. Vomito o corpo de Cristo!
Agora estou em Paz, pois todas as vozes se calaram, todos os vizinhos se mudaram, todos os amigos partiram, todos os amantes se mataram. Mas sei que, no último momento, haverá explosões, fogos de artifícios, labaretas celestiais, carros abandonados, casas incendiadas, tempestades no inferno.
B(Mário C. Rasec)

Palavras


Todos eles estão indo embora,
Eu os escuto mas não os entendo.
Não é sobre mim,
É apenas um tempo que voa em branco
Em outro tempo que não é sobre eles.

São apenas palavras existentes num mundo
Que dizem mas que não sentem
E acham que é o suficiente.
Há um propósito entre elas e...
Reacendem e ficam á tona no meu pensamento.

E agora não tenho mais
Um ponto certo pra respirar.
Disparo clausulas sob uma taça derramada na mesa
Que derrota fraquezas internas,
Repentinas de uma abstinência contrária á deles que...

Fico me perguntando se é o que eles dizem,
Se é como sou como pensam,
Se prefiro viver por eles e não por mim.
Considero até as memorias como fantasias
Que confundem minhas cartas
Com amantes de papis de parede
Num conto inacabado, sem nunca ter acontecido mas...

São apenas palavras existentes num mundo
Que dizem mas que não sentem
E acham que é o suficiente.
Há um propósito entre elas e...
Reacendem e ficam á tona no meu pensamento.

Duas medidas

Vou levar duas medidas na balança
Caminhar entre avenidas do amor
Vertentes que caem do céu
Colares que trançam a flor
Verdades que doem no peito a razão

Bom te ver doces momentos nessa estrada
Beira mar, acostamento já se foi
Presentes que joguei no mar
As flores que lá deixei
Ainda me lembro como fosse hoje o adeus
Voltei

Só vou querer ter você aqui
Sorrindo te dar meu amor assim
É claro que a vida ensina a gente a ser feliz
E vou te amar louco de paixão
Se ainda me quer cheia de prazer
Eu sou um barco a vela e você é o vento que leva
Meu coração.
(ASA DE AGUIA)

Palavras Enferrujadas e Adormecidas


Com um tempo todos nós crescemos,
Os pensamentos mudam e retornam
Como men-sa-gens estrangeiras
Começando a dourar nossas noites no jardim
D'baixo de árvores e sorrisos flutuantes.

Somente os olhos encontram despedidas de
Mundos selvagens á risca dos pés a cabeça,
Somente as loucuras impedem-nos de sentir
As iscas ilegais e de rezar durante a missa.

Ignoramos a chance de lembrar palavras enferrujadas e adormecidas
Por quem um dia nos viu triste e não fez nada.

Desprendendo os dias de uma miúda chuva,
Tínhamos quase tudo nas maõs
E se não a-rra-nha-sem as esperanças,
Poderíamos deixa-las com faces de rosas e ânimos
Para escolher os próximos dias.

E somente os olhos encontram despedidas de
Mundos selvagens á risca dos pés a cabeça,
Somente as loucuras impedem-nos de sentir
As iscas ilegais e de rezar durante a missa.

Novo caminho com sabor de Ternura


Agradeço por ter ensinado-me a acreditar
Que a vida mostra outros caminhos
Mesmo quano temos as respostas.
Ela se vira e pede um esforço em mais um dia
E tenho que fazer
Mas quero acreditar que hoje não é um dia ruim
E por meus olhos na rua e fazer do meu jeito,
Vez que foi como quiz,
Plantar sementes com sabor de ternura.
E obrigado, obrigado por ter feito-me ver
O que faria a tempos onde tudo seria mais tarde.
Exemplo disso tem a maior ternura de esquecer,
Assim como as memórias,
Que expelem brancos de felicidade
Até parar e vigiar os dias como morcegos
Explorando cada parte do próprio desconhecido
E começar a mostrar caras doloridas mas bem conservadas.
E obrigado, obrigado por ter feito-me ver
O que faria a tempos onde tudo seria mais tarde.

Prisão de Amor que ecoava na minha mente.


Estiquei seus braços e absorvi a fraqueza dos outros
Que temiam ver faces alegres em prisões de quadros.
Há muito tempo eu vinha quebrando seus dedos
E você não se colocava no fogo por mim.

Os dias passaram e o tempo não parou nem enquanto respirei.
O tempo não parava enquanto eu tentava respirar,
E eu lembrei a cada minuto
Que senti frio,
Que mandei recados que soaram
Tempos e tempos na minha mente.
Você era a única fonte de calor
Que eu queria sob meu corpo.
Venha novamente.
Venha novamente.

Sua voz parecia me perseguir,
Então eu queria sair dali e pintar ao seu lado.
E se eu pudesse agradecer pelos minutos que você existiu,
Eu tentaria tudo outra vez
Porque nos meu olhos,
Nossa história não era um tropeço.

Os dias passaram e o tempo não parou nem enquanto respirei.
O tempo não parava enquanto eu tentava respirar,
E eu lembrei a cada minuto
Que senti frio,
Que mandei recados que soaram
Tempos e tempos na minha mente.
Você era a única fonte de calor
Que eu queria sob meu corpo.
Venha novamente.
Venha novamente.